segunda-feira, dezembro 25, 2006

Luzes de Natal


Mais rápido do que pude ver o Natal veio outra vez. Não consegui contar o tempo tão bem, pois me parece que foi a um mes atrás, que eu vi outras luzes de Natal. Daquela vez eu não soube apreciar as luzes, e mais rápido que meus olhos elas se apagaram... E ficou tudo tão incompleto...
Um ano depois me recuperei de ter perdido aquela visão, e talvez por tê-la perdido, tenha começado a perder um pedaço da vida.
Mas hoje o dia é feliz! A tristeza da qual fugi por esses meses que antecederam Dezembro, não conseguiu me encontrar! me escondi dela, me refugiei onde ela não me encontraria: No meu coração! É nele que vivem todas as alegrias que as luzes de Natal precisavam iluminar!
Os sonhos que o Natal trazem, são estranhos, pois são tão mais fortes que os sonhos que construi ao longo do ano... Sonhei em voltar a ver as velhas luzes... Pois elas estão repletas de histórias, elas iluminam o amor que o tempo guardou. Elas iluminam o que o tempo não toca mais!
Acho que é por isso que sinto tanta falta no Natal.
Meu coração aperta sim. Não mentirei. Ele se regozija com a felicidade das pessoas! Ele se ilumina com todas as emoções do Natal... Mas sente falta do pedaço dele que não está mais ao nosso alcance.
Orei, e pedi a Deus por vê-las... Mas não pude.
E então eu sinto muita falta no Natal...
.x.X.x.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Por que tantos procuram o amor?



Porque o amor é a coisa mais próxima da magia que conhecemos...

segunda-feira, dezembro 18, 2006

A Festa


Quantas luzes em meus olhos refletiam. Pessoas passavam por mim a todo instante com rostos fascinantes e esplendorosos, sorrisos e abraços que pareciam não ter fim! A música cada vez mais alta, exatamente como a minha excitação... Era eu mais uma vez ali em meio ao que seria para alguns a gloria, para outros necessidade, para muitos normalidade, para poucos novidade... Mas para mim...
Quanto mais a temperatura do meu corpo subia, meus sorrisos aumentavam, mais meus olhos fechavam, e eu me sentia bem em meio a multidão quente, simplesmente por estar bem comigo mesmo. Era uma alegria passageira, eu sempre soube, não fantasio que a festa seja sempre o que me motiva a ser feliz... Ela celebra a minha alegria, a minha felicidade ou o meu amor, por mim ou por alguém...

E celebrei, em meio a música ensurdecedora, no meu silencio interno, o poder ter saído!

A brisa vinha com o tom de verde sobre mim, para acalmar o fervor do meu corpo tonto. No momento, em que para todos, a festa explodia para mim ela ia chegando ao fim, lá no fundo, ainda escuro, para ser iluminado pelos feixes de verde néon. Todos no auge, mas para mim já havia passado, e eu votei a ser eu.

E eu ali! Talvez o mais especial de todos... Mas só eu sabia disso, e isso me basta!

E assim a festa acaba...
Sem um momento determinado entre a madrugada e o amanhecer.
Eu aceso sem vontade de voltar pra casa, querendo permanecer longe do que era real, me perguntava: “E no fim, foi só uma alegria passageira?”
Sim...
Mas me fez ver que tão certo como o amanhecer, eu fico bem!

Carmen Miranda

Fascinante.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Vazio

Têm dias que ficam assim... Meu peito vai apertando, apertando... E eu não resito e choro. Um choro doloroso, forte, de alma.
Choro o vazio que ficou aqui desde aquele dia. Choro cada noite de compenheirismo que o tempo me tirou, e sinto um vazio crescendo cada vez mas forte, e cada vez mais e mais... Vazio.
Não é uma dor que vem e desatina a doer, ela vem ao longo de todos os dias, noites, horas, minutos a fio, sem parar... E de repente ela explode assim sem me deixar lugar pra correr, exatamente por ser vazio.
Percorrem meu peito todas as imagens da vida... Todos os sonhos recostruidos nas despedidas, todos os prantos que eram acalmados com o retorno.
As imagens permanecem nas paredes do meu quarto, palavras escritas com tremor nas mãos permenecem nos meus cadernos. Mas não... Não passa. Todos os sons... Estão todos aqui...
Mas ainda assim o vazio...
A falta... A não presença...
E assim morro lentamente por falta do que não existe.

quarta-feira, novembro 15, 2006

No more!


Nada mais a dizer...
Sem tempo pra esperar, sem vida pra desperdiçar!
Felicidade urgente!

domingo, novembro 12, 2006

Purificação

É difícil, mais do que eu achei que seria. Mas não é impossível... Só penso no meu corção, no que ele viveu, pelo que ele passou, e no que ele se tornou.
Hoje só quero olhar pra frente, seguir em frente... Hoje meus olhos vêm diferente, eles enchergam a mim, como estivesse em um espelho, mas não vêm mais um garoto perdido, e sim um homem transformado... Um homem que aprendeu o valor da busca da própria vida, da própria identidade.
Por isso hoje preparo minha vida para se purificar. Para melhor enfrentar a tristeza e com mais força buscar a alegria! Lavo meu rosto das lágrimas causadas pela perda, lavo meu corpo das marcas da ausência, lavo meu coração da saudade... Só não mecho na minha alma, pois nela permanecerão as mutações humanas que sofri, nela permanecerão as águas que vi correr...
Mas sinto que estou pronto! Pra iniciar o processo de busca... A busca que não pode parar, a busca de alegre estar, a busca de feliz ficar... A busca de sempre amar.
Se a solidão existe, que venha com seus ensinamentos, que me prepare para não esquecer a beleza do meu ser...
O caminho não é fácil, por vezes dói os pés, mas enquanto eu puder ver em minha frente o destino desejado, a clara imagem do meu futuro, passarei por ele sem reclamar... E quem quiser ao meu lado estar, basta a mão me dar...
E me acompanhar.

"I can make it through the rain, I can stand up once again..."

quinta-feira, novembro 09, 2006

Far Behind

Não sei o que dizer... Mas é como se algo tivesse ficado pra trás, penso que talvez seja o meu próprio medo de deixar tudo pra trás. Não digo que é agora, nem amanhã, mas não quero mais, não posso mais. Sinto que começo a me destruir aos poucos.
O esquecimento é algo almejado, mas agora impossível de acontecer. As marcas mais profundas permanecerão, as lembranças e as belezas também... Os erros fiz questão de apagá-los todos, antes do fim, para que não ficasse o gosto de amargo na boca...
Sigo hoje com memórias boas. Sim, como não? Interrogações... Mas são comuns. E fica ainda o vazio... Ah, sim esse fica... O vazio que é a falta do último olhar, do último toque, o último abraço... E a sensação do interminado permanece... Mas como dela me livrar? Pois mesmo que pra trás eu deixe, ela persistirá. E vai me encontrar.
Mas decidi seguir a partir daqui. Sei que sentirei vontade de revirar as velhas caixas, desamarrar as fitas de cetim... Mas permanece o desejo maior de não me virar.
Alguém! Me dê a mão? O quanto puder, se quiser... Pois sei que só, eu nada sou... Seja você quem for me dê a mão...
É assim...

Choro...

Permaneço assim, madrugadas a dentro. Por vezes não penso, chego a anular o que sinto ao ver que acordado atravesso noites com os olhos cobertos de lágrimas.
E você, já alguma vez chorou assim? Já desejou que seu coração não mais existisse? Sei que sim...
Não choro somente para demonstrar tristeza, não choro por compaixão, nem desejo que sintam pena de mim.
Choro para aliviar meu coração... Choro para que com cada lágrima que corre lentamente pelo meu rosto, vá junto essa dor que não dói, mas que incomoda.
Meu choro é meu amigo, meu confidente, quase meu parente, visto que agora permanece tão presente. Mas alivia a pressão no meu peito, alivia tudo que acumula nos meus dias.
Por isso choro... Não pra ser eterno o penar, mas pra serem leves os dias decorridos dentro dessa lacuna.

terça-feira, novembro 07, 2006

Mágica?

Num passe de mágica tupo pode mudar...
Quantas vezes eu já ouvi essa frase? Meu Deus, nem eu mesmo sei... Mas que mágica e essa? Não sei... Não sei nem se existe ou se não existe. Só o que sei é que hoje uma mágica aconteceu aqui... Dentro de mim.
Uma pessoa falou comigo hoje e me trasportou no tempo, me levou de volta ao lugar dos meus sonhos, por um instante, um instante inexistente, mas que estranhamente me fez feliz...
como pode ser isso?
Não tenho resposta. Só sei que me senti estranhamente diferente.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Ali...

Não sei se pertenço a algum lugar... Mas sei que vivi em algum lugar.
Suas ruas, seus caminhos, suas casas... minha casa... saudades dos dias de sonho por aquelas ruas onde eu construi muito de mim.
Ali... Onde sentei e esperei que fosse tirado do fundo de um inexistente sentimento de desabrigo, ali onde eu encontrei um lar, onde eu construí lar no coração das pessoas que me rodeavam, onde eu fui chamado de família...
A poeira que cobria meu rosto ao passar pelas ruas sem calçamento não me sujava, levava com ela todos os fantasmas de rondar por um mundo que não me pertencia, que não me servia... Quero a ti voltar, quero em ti sonhar... Aqui, ali, em qualquer lugar...
Quero outra vez suas promessas de vida. Quero outra vez escolher entre tuas casas, a menor, a mais simples, a mais isolada...
Quero rodar por tuas esquinas, sentir teu cheiro, ouvir tua voz... Acordar ouvindo o son de teus alto falantes, a alegria de sua gente! "D****! Vamo pra praia!!", "Ai, quero ir pro fulejo!!!", "Pabline Poblema!", "Rebeca... Lolita!!"...
M******, Te sinto falta... C********, te preciso sorrindo pra mim... W***** te amo amigo... Onde estás tu nessas noites em que só teu colo me serve... Sugurará minhas lágrimas ainda? J*, canta!
E... Deixa pra lá...
Mas é certo que você segue aqui no meu coração, como o lugar mais lindo em que já estive. E pra onde sempre sonharei voltar, sempre sonharei com o verde pistache daquelas paredes...
Sinto falta... Muita...
Leva contigo meu coração, na tarde sentados de frete pro Cricaré... Pois eu te levo comigo, como aquelas águas que corriam suavimente sob meus olhos maravilhados com a vida...
TADTDU...

domingo, novembro 05, 2006

Feridas


Você conhece aquela música da Christina Aguilera, Hurt? Onde ela diz: "I'm sorry for blaming you, for everything I just couldn't do..." (Estou tão arrependido de ter culpado você por tudo que eu não pude fazer.)
Não sai da minha cabeça...
Mas o caso nem é esse. A dor as vezes toma proporções estranhas, que a gente mesmo não gostaria que tomasse, mas me sinto de pés e mãos atados, sem nada poder fazer. Hoje acordei com o peito doendo, com visões indesejadas, com memórias indesejadas... Antes eu abrisse as caixas e deixasse aquela alegria guardada se espalhar pelo meu chão e sentir a doce dor da saudade, pois essa machuca menos que a dor amarga da solidão...
Hoje as lágrimas são inuteis... Hoje é dia de solidão. Dia de abandono de um coração.

Pensei que ontem eu ficaria feliz. Mas me enganei... Mais uma vez

Diz-me o que fazer? Mas não me peça pra esqueçer. Peça-me que finja pois é o máximo que consigo, mas esquecer, não dá. É demasiado forte, e recente... Por vezes é pungente, a dor do meu peito, que já não cabe em mim, que se espalha pelos comodos da casa, suja as paredes, enche o ar com um cheiro estranho, e se aproxima do escuro.

sábado, novembro 04, 2006

As Caixas


Ali estão elas... Tão perto das minhas mãos. Meu Deus! Tenho medo de abrí-las, só perfume que sinto ao passar perto delas me fazem tremer. Mas o que faz isso acontecer? Sei bem o Que está dentro delas, conheço o conteúdo, pois fui eu mesmo quem as encheu...
Lá dentro estão meus mais lindos sonhos, muitos dias que nunca mais voltarão. Noites no colo de um amigo, noites nos braços de um amor.
Tive que deixar tudo ali... Naquelas caixas coloridas, sem fechaduras, mas trancadas pelo meu medo de abrí-las e encontrar o que mais me dá alegria e ao mesmo tempo me corta o coração, me despedaça a alma... Me enche os olhos de lágrimas.
Por vezes desejo jogá-las longe, destruí-las... Mas temo que seu conteúdo se espalhe todo sobre meu chão e não me deixe mais caminhar em paz. Tenho medo de não suportar vê-las abertas.
Por isso junto metros e metros de fitas de cetim, das mais suaves que eu possa encontrar, para poder amarrá-las de modo que aperte e não machuque tudo que está guardado ali dentro.
Embora a dor seja grande, nas caixas nao há nada alem de felicidade. Felicidade guardada.