segunda-feira, dezembro 18, 2006

A Festa


Quantas luzes em meus olhos refletiam. Pessoas passavam por mim a todo instante com rostos fascinantes e esplendorosos, sorrisos e abraços que pareciam não ter fim! A música cada vez mais alta, exatamente como a minha excitação... Era eu mais uma vez ali em meio ao que seria para alguns a gloria, para outros necessidade, para muitos normalidade, para poucos novidade... Mas para mim...
Quanto mais a temperatura do meu corpo subia, meus sorrisos aumentavam, mais meus olhos fechavam, e eu me sentia bem em meio a multidão quente, simplesmente por estar bem comigo mesmo. Era uma alegria passageira, eu sempre soube, não fantasio que a festa seja sempre o que me motiva a ser feliz... Ela celebra a minha alegria, a minha felicidade ou o meu amor, por mim ou por alguém...

E celebrei, em meio a música ensurdecedora, no meu silencio interno, o poder ter saído!

A brisa vinha com o tom de verde sobre mim, para acalmar o fervor do meu corpo tonto. No momento, em que para todos, a festa explodia para mim ela ia chegando ao fim, lá no fundo, ainda escuro, para ser iluminado pelos feixes de verde néon. Todos no auge, mas para mim já havia passado, e eu votei a ser eu.

E eu ali! Talvez o mais especial de todos... Mas só eu sabia disso, e isso me basta!

E assim a festa acaba...
Sem um momento determinado entre a madrugada e o amanhecer.
Eu aceso sem vontade de voltar pra casa, querendo permanecer longe do que era real, me perguntava: “E no fim, foi só uma alegria passageira?”
Sim...
Mas me fez ver que tão certo como o amanhecer, eu fico bem!

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