segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Um Bêbado Chora...


Estou tonto agora... Maldito álcool. Alucina-me, faz-me bem, leva-me pra onde não quero ir. Leva-me pra longe, pros sonhos que eu não sou mais permitido a sonhar, e que meu coração se recusa a aceitar...
Ah, se pudesse eu agora pra você olhar... Só ao menos te dizer que choro, não por mim, nem por você, mas choro por não ser mais aquele que fui ao teu lado, e sinto tanta falta daquele que tu foste ao meu lado. Choro por sentir saudades do seus dedos nos meus cabelos. Do teu sorriso em minha direção...
Bebo... Tentando afogar-me em dimensões difusas do que eu gostaria de estar sentindo agora. Procurando em labirintos tortos novos caminhos, e ainda assim permaneço à beira da estrada.
Minha cabeça dói. Quero mostrar-te o clip da Janet Jackson, aquele antigo da Whitney Houston, que sei que iria te fazer sorrir. Queria te comprar um livro que sei que te agrada. Passar-te aquelas músicas novas que encontrei por acaso.
Como pode me fazer tanta falta segurar potes pra você? Esperar tudo acabar pra te dizer que você é brilhante... Queria ver teu sorriso... Contemplá-lo por horas, sem te dizer que poderia morrer feliz só por ver-te sorrir.
Estou embriagado... mas uma vez disseram-me que é assim que a verdade é mais verdadeira.

Então...

Amo-te... Com todo meu coração e vida. E não te esqueço um segundo sequer nos meus dias.
E estou bêbado, mas verdadeiro...

sábado, fevereiro 17, 2007

Carnaval Pela Janela

Andei hoje olhando pela janela do meu coração... Não sei se de dentro pra fora ou de fora pra dentro, mas não importa muito... Já que a verdade é a mesma... A saudade que existe e dói. Nesse momento corro meus dedos pela janela tentando tocar o que vejo, mas está longe, e vejo que realmente estou do lado de dentro do meu coração.

E daqui, posso ver o lugar em que meus sonhos correm lindos... Jogam-se nas águas azuis do oceano, que um dia salgou minha pele. Relaxam sob o sol que um dia queimou minha pele. Momentos tão intensos que fizeram minha vida mudar de cor e meus olhos brilharem.

Dessa janela sinto entrar ainda uma leve brisa, que entra pelas frestas, que tentei inutilmente vedar, e trazem todos os cheiros de liberdade, enquanto estive deitado na rede listrada brincando com os cães... Trazendo a poeira das ruas, que colava no meu rosto e me fazia sentir parte da terra.

Minha boca enche d’água, ao ver de longe o pão do domingo sempre pelas mãos dos amigos, prontos para esperar a noite para festejar ao som dos nossos sorrisos... Planos para um carnaval que não chegou mais...

E tranco a janela... Acreditando deixar lá o amor, mas não adianta... Ele não está lá fora. Permanece dia pós dia aqui comigo, me lembrando que não é apenas amar ou ser amado, é mudar. É o amor que me torna melhor...

Mas o carnaval... Não muda nada... Só seria o tão esperado momento de olhar pela janela e ver que estou lá! Só queria celebrar... Sem chorar... Mas o choro vem e me lembra que a paisagem da janela é um quadro do qual fui arrancado e não faço falta...







Mas eu sim... Sinto falta de tudo.
Sonho tudo.
Vivo tudo.
Amo tudo.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Ser Único

Por vezes acordo com medo... Medo de mim... Por achar que sou um ser inconstante. Assusta-me ver que as reações do meu ser são facilmente alteradas por ventos mínimos. E assim perco-me nas tempestades dos meus dias.
Tantos são os desejos de buscar uma igualdade, e acabo por sofrer sem encontrar estabilidade. Por vezes desejei ser como todos... Outras vezes desejei não existir. Só nunca desejei ser diferente de todos. Acreditava já ser. Mas entendi que não era.

Se for realmente verdade que somos todos diferentes, então somos todos iguais, pois temos a mesma característica de ser diferente um do outro. E que fácil é ser igual. O difícil é se sentir igual... Receber os outros com igualdade.
Então, onde encaixar o que eu sinto?
Não sei!
Mas creio ter encontrado um caminho... Não muito fácil. Parecerei soberbo.
Prefiro não ser diferente, pois as diferenças nos afastam das pessoas... E não quero perder a comunhão com os que se julgam diferentes de mim, para jamais tirar deles a oportunidade de também ter uma outra janela para olhar a mesma paisagem.
Também não me agrada ser igual, para ser algo já conhecido e logo desinteressante ao mundo...

Atrai-me a possibilidade de ser único! Gostaria de ser a descoberta de alguém, de descobrir alguém que não esta em mim. Ser um mistério que os dias comuns não revelarão. Ser a própria cura da tempestade que minha existência provoca... E dar a chave do meu segredo a aqueles que souberem olhar nos olhos únicos do meu ser... E quem sabe, descobrir a singularidade de estar com um ser único!