terça-feira, dezembro 12, 2006

Vazio

Têm dias que ficam assim... Meu peito vai apertando, apertando... E eu não resito e choro. Um choro doloroso, forte, de alma.
Choro o vazio que ficou aqui desde aquele dia. Choro cada noite de compenheirismo que o tempo me tirou, e sinto um vazio crescendo cada vez mas forte, e cada vez mais e mais... Vazio.
Não é uma dor que vem e desatina a doer, ela vem ao longo de todos os dias, noites, horas, minutos a fio, sem parar... E de repente ela explode assim sem me deixar lugar pra correr, exatamente por ser vazio.
Percorrem meu peito todas as imagens da vida... Todos os sonhos recostruidos nas despedidas, todos os prantos que eram acalmados com o retorno.
As imagens permanecem nas paredes do meu quarto, palavras escritas com tremor nas mãos permenecem nos meus cadernos. Mas não... Não passa. Todos os sons... Estão todos aqui...
Mas ainda assim o vazio...
A falta... A não presença...
E assim morro lentamente por falta do que não existe.

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