sexta-feira, outubro 05, 2007

Pelas Costas

Pelas costas, pelo outro lado... Às vezes do outro lado. É estranho não compreender o que nos é demasiado necessário para simplesmente sermos mais felizes.
Nem sei o motivo de estar a essa hora da manhã escrevendo, mas como estivesse eu em meio a uma floresta, tento organizar minha mente.
Pensamentos perdidos, dias comuns... Nos quais vejo meu corpo se separar do meu espírito. Pergunto-me onde encontrar o elo que ligará corpo e alma...
Alma minha longamente sozinha. Vagando entre o emaranhado de troncos e folhas, formigas... Lagartas... Vespas enormes.... Meus olhos colocam tudo em ordem, reorganizam o que a natureza vem desorganizando, não para meu engano, mas para me fazer mais resistente aos arranhões, as picadas, aos venenos...
E assim trago em mim o que me é caro, e por assim ser, trago escondido alem do coração, por trás dos olhos claros, por dentro da alma... Próximo da luz que resplandece brilhante, incessante... Meu valor maior... O amor por mim.
E é por ele, que sou hoje imune aos ataques enfurecidos da treva das florestas, é ele que se faz escudo e afasta as vespas em cólera pelo meu sangue, é dele que bebo quando meu corpo se encontra dopado pela peçonha despercebida no doce sabor da mentira.
Sigo assim. Visto pelas costas, sem me importar... Mesmo que me ataquem. Mesmo que me enganem, mesmo que eu me engane... Pois sei que todas as respostas fazem parte do eterno aprender que sou. E o elo entre meu corpo e minha alma será sempre o meu sorriso...
Mas e a floresta? Deixa-a... Será sempre mais bonita assim... Emaranhada, perigosa, escura...
Temerei?
Não preciso!


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