sexta-feira, julho 27, 2007

3 Dias.

Por quantas vezes me recusei a aceitar novamente que tornassem a vir aqui... Lembro-me como fosse hoje o dia em que passei as correntes nos portões e me afastei deles. Preferi recolher-me...
Alguns bateram, outros forçaram as correntes, alguns pularam o portão e me encontraram ali, sentado em meio às flores de um novo jardim, observando as borboletas que se aproximavam para me ver, mas não souberam nem deixá-las em paz... E elas fugiram deles... E eu também...
Outro dia estava ali cuidando das plantas mais novas, e ouvi alguém chamar... Quando olhei para ele, vi seu rosto suave me pedindo para entrar um pouco, me disse que gostaria de pertencer ao jardim... Abri os portões, abri meu sorriso, abri meu coração. Em três dias tudo mudou, pois tive um motivo especial pra me permitir dividir o jardim.
Mas na tarde do quarto dia arrastaram ele do jardim. Nossas mãos ainda se buscaram, mas sem que eu compreendesse, ele foi levado, bruscamente, arrancando algumas flores... Esmagando outras... Assustando as borboletas...
Permaneço no jardim, triste, ouvindo o tom suave e arrastado da voz dele, enquanto na minha frente as correntes balançam no portão aberto.

Queria que ele voltasse...

Um comentário:

Erik Oakes disse...

Profundo o poema... quem escreveu?

Bom o meu blog não é tão sentimental.. mas vale uma visita..rsr

abraço